A Fazenda 17: entrada de participante é adiada por COVID; Duda Wendling chega após liberação médica
COVID adia entrada e produção mantém protocolo
Estreia marcada, elenco pronto, e um percalço bem atual: um teste positivo para COVID-19 atrasou a entrada de uma participante no reality rural da Record TV. No meio do corre-corre pré-lançamento, a direção preferiu segurar a ansiedade e seguir a cartilha médica. Resultado: a peoa só entrou na sede horas depois do início da temporada, já com liberação formal.
Quem explicou o caso foi o diretor do programa, Rodrigo Carelli, em seu perfil no X (antigo Twitter). Ele foi direto: um dos nomes do elenco havia testado positivo. Mesmo com resultado negativo desde o dia anterior, a orientação da equipe médica foi cumprir o protocolo e levar a participante para a sede apenas no dia seguinte ao combinado, quando não haveria margem de risco para os demais confinados. A mensagem foi clara: saúde em primeiro lugar, sem improviso.
Pouco depois, a identidade foi confirmada: tratava-se de Duda Wendling, conhecida do público desde a infância por sua atuação em Cúmplices de um Resgate. Ao chegar, a atriz que agora encara a rotina de peoa soltou, bem-humorada: “E aí, tem lugar pra mais uma pessoa?”. O tom leve ajudou a quebrar a tensão do atraso e marcou a entrada oficial da competidora no jogo que reúne 26 participantes em busca de um prêmio milionário sob o comando de Adriane Galisteu.
O cronograma ficou assim:
- Véspera da estreia: diagnóstico de COVID-19 e isolamento preventivo.
- Anteontem: teste já negativo, mas sem liberação imediata por cautela médica.
- 15 de setembro (segunda-feira): autorização formal e entrada na sede, com todos os protocolos concluídos.
Desde 2020, produções de TV incorporaram rotinas de testagem, isolamento de casos e buffers de tempo para evitar contágio. Mesmo com a queda de casos graves, gravações com elenco confinado exigem rigor: uma falha atinge o jogo inteiro. Ao comunicar a decisão em tempo real nas redes, a direção também evitou boatos e manteve a narrativa sob controle.
Para o público, ficou a mensagem de que o programa não correu riscos desnecessários, mesmo pressionado por prazos. Para o elenco, a garantia de que a convivência começa com o básico bem feito: cuidado, transparência e regras iguais para todos.
Jogo em andamento, “infiltrados” e a chegada de Duda
Quem entra depois sempre enfrenta um dilema: como se encaixar num grupo que já se testou nas primeiras horas de convivência? Afinidades e antipatias começam rápido em reality show. Duda chega com uma apresentação inevitavelmente diferente: todos já se conhecem um pouco, e ela precisa criar laços sem parecer “pós-créditos” do elenco. Mesmo isolada durante o protocolo, a entrada tardia costuma ser lida pelos outros como um fator de atenção, e isso pesa nas primeiras conversas, nas primeiras dinâmicas, até nos votos.
Outro tempero veio de uma escorregada ao vivo. Na estreia, Adriane Galisteu revelou aos confinados que são dois os “infiltrados” desta edição. O público já estava por dentro desse detalhe, mas os participantes haviam sido informados de que havia apenas um. Essa diferença de informação muda o tabuleiro. Se havia uma caça a um único infiltrado, agora a desconfiança dobra, e qualquer movimento fora do padrão vira pista.
O que muda na prática?
- Clima de jogo: a paranoia cresce e pode acelerar alianças por conveniência.
- Leitura de comportamento: gente discreta vira suspeita fácil; expansivos também.
- Dinâmicas: testes e provas ganham um subtexto de “quem está jogando com cartas marcadas?”.
- Voz de comando: a produção precisa calibrar tarefas para não expor os infiltrados cedo demais.
Para Duda, esse cenário é desafiador e, ao mesmo tempo, oportunidade. Chegar depois da estreia tira um pouco a pressão das primeiras horas, mas obriga a construir pontes de forma rápida e estratégica. Em temporadas de confinamento, as primeiras 48 horas são decisivas para o rótulo que cada um carrega: líder, agregador, isento, planta, alvo. Ela não tem esse luxo de tempo. Precisará se apresentar, mostrar jogo e entender as microalianças que já surgiram.
Do lado da produção, o episódio reforça uma lição pós-pandemia: protocolos existem para serem cumpridos mesmo quando complicam o roteiro do entretenimento. Teste negativo não significa liberação imediata; há intervalos de segurança que protegem o conjunto. Em programas com convivência intensa, a margem de erro precisa ser mínima. A comunicação ágil de Carelli, em público, ajudou a desarmar leituras conspiratórias e a explicar o porquê do atraso sem mistério.
E o público? Quem acompanha A Fazenda 17 já sabe que, nas primeiras semanas, o jogo é menos sobre provas e mais sobre mapa social: quem ouve, quem fala demais, quem manda, quem concorda com tudo. A entrada de Duda, selada pela saúde e pelo timing, entra nesse mapa como um ponto fora da curva que todos vão tentar decifrar. Com 26 participantes, prêmio alto e dois infiltrados em campo, as próximas cenas prometem muita conversa sussurrada, alianças provisórias e aquela primeira votação que costuma definir quem entende o jogo — e quem vira alvo logo de cara.