Campeão da Libertadores 2025 leva R$ 136 milhões; final em Lima tem ingressos a partir de R$ 3.600

A CONMEBOL acabou de redefinir o valor do sonho de todo clube sul-americano: chegar à final da Copa Libertadores 2025Estadio Monumental U em Lima não é só glória — é fortuna. O campeão levará R$ 136 milhões, enquanto o vice-campeão ficará com quase R$ 40 milhões. A diferença? Quase o valor de um clube pequeno. O anúncio, feito em 18 de março de 2025, pelo presidente Alejandro Domínguez durante o sorteio da fase de grupos em Luque, no Paraguai, foi mais do que um ajuste financeiro: foi um sinal de que o futebol sul-americano está crescendo — e rápido.

Os números que movem o futebol sul-americano

Se você pensa que a final é o único momento de dinheiro, se engana. A Copa Libertadores 2025 é uma máquina de renda por etapas. Cada vitória na fase de grupos vale R$ 1,7 milhão — sim, por jogo. E com sete times brasileiros na competição, desde 1º de abril, cada clube já está em busca de pontos que viram milhões. O time que vencer todos os seis jogos da fase de grupos pode somar mais de R$ 20 milhões só nessa etapa. Nas oitavas, o prêmio sobe para R$ 7,1 milhões. Nas quartas, R$ 9,6 milhões. E na semifinal? R$ 13 milhões. Isso significa que, mesmo sem chegar à final, um clube pode faturar mais de R$ 50 milhões apenas por passar de fase.

A diferença entre campeão e vice é brutal: R$ 96,3 milhões. É mais do que o valor de mercado de um jogador estrela. É o que o Botafogo levou no ano passado — e agora, com o aumento de US$ 1 milhão no prêmio do campeão, o barato saiu caro para os rivais. A CONMEBOL não esconde: esse é um movimento para manter os grandes clubes no jogo, e os pequenos com esperança. O total distribuído entre a Libertadores e a Copa Sul-Americana chega a R$ 1,7 bilhão — um recorde absoluto na história do futebol sul-americano.

Quem vai à final em Lima? E quanto custa ir?

A final única será disputada em Lima, no Estadio Monumental U, no dia 29 de novembro de 2025. E os torcedores já começaram a se preparar. O pré-registro para ingressos começou em 27 de outubro — e termina em 30 de outubro, às 23h59, pelo site libertadores.eleventickets.com. Os preços? Não são baratos. A categoria mais acessível, CAT 2, custa R$ 3.600. A CAT 1, R$ 4.500. O pacote de hospitalidade da CONMEBOL? R$ 7.200. E o camarote? Ninguém sabe. Mas já se sabe que, para quem quer ir, o custo total pode facilmente ultrapassar R$ 10 mil por pessoa.

As passagens aéreas variam conforme a origem: de São Paulo para Lima, é possível encontrar voos ida e volta por R$ 2.000, se reservar com antecedência. Mas se você mora no Rio de Janeiro, prepare-se: o preço médio sobe para R$ 3.000. E a hospedagem? Em Miraflores e Barranco, bairros turísticos, hotéis simples custam R$ 200 por noite — R$ 600 para três noites. Mas os de luxo? Passam de R$ 500. E se você quiser ficar perto do estádio? Esqueça. Os preços dobram.

Um histórico de poder e rivalidade

Desde os anos 80, a Libertadores tem sido palco de grandes domínios. Nos anos 1980, o Uruguai e o Chile brigavam com o Brasil. Nos 90, o Argentina se impôs com River e Boca. Nos 2000, os brasileiros — São Paulo, Internacional, Corinthians — assumiram o comando. E nos últimos dez anos? A hegemonia foi quase absoluta. Mas o que muda agora é o valor. O dinheiro atrai talentos, investimentos, e até novas gerações de torcedores. O Flamengo, por exemplo, que enfrenta o Racing Club em 29 de outubro no Maracanã, já sabe: cada jogo é uma oportunidade de transformar uma temporada em legado.

Os grandes nomes da história — Pelé, Zico, Riquelme, Neymar — já brilharam nesse palco. Mas agora, o que está em jogo não é só o troféu. É o futuro dos clubes. O dinheiro da CONMEBOL vai para a estrutura, para os jovens, para os estádios. E isso, mais do que qualquer gol, pode mudar o rumo do futebol sul-americano por décadas.

O que vem depois da final?

Após o jogo em Lima, o ciclo de 2025 não termina. Os clubes que não venceram ainda têm a Copa Sul-Americana — e os prêmios lá também são altos. Mas o foco agora é claro: a final da Libertadores. E com os valores em jogo, até os times que não são tradicionais estão investindo pesado. O Racing Club já anunciou aumento de 30% no orçamento para a temporada. O Flamengo contratou um novo diretor de futebol com experiência em mercados europeus. O jogo em 29 de outubro no Maracanã pode ser apenas uma rodada — mas também pode ser o início de uma nova era.

Por que isso importa para o torcedor comum?

Porque o dinheiro que entra no futebol sul-americano não fica só nos cofres dos clubes. Ele gera empregos, movimenta a economia local, estimula o turismo, e dá esperança a pequenos clubes que sonham em um dia chegar lá. Um garoto de 12 anos em Curitiba ou Cuiabá pode ver hoje um jogo e pensar: “Se eu treinar, um dia posso estar nesse estádio — e levar meu clube a R$ 136 milhões.” Isso é poder. E é novo.