Celtic vence Rangers nos pênaltis e conquista 22º título da Copa da Liga Escocesa

Final da Copa da Liga Escocesa: Emoção até o último segundo
Quando se fala em futebol escocês, poucas rivalidades produzem tanta adrenalina quanto Celtic x Rangers. No último dia 15 de dezembro, esse duelo tradicional ganhou mais um capítulo histórico na final da Copa da Liga Escocesa. Depois de um 3-3 eletrizante no tempo normal e prorrogação, o Celtic levou a melhor nos pênaltis e garantiu seu 22º título da competição.
Ninguém que acompanhou a partida saiu ileso à montanha-russa de emoções. O Rangers saiu na frente ainda no primeiro tempo, aproveitando um vacilo de Greg Taylor, lateral do Celtic. Bastou um erro para que Nedim Bajrami finalizasse com precisão aos 41 minutos, fazendo o povo azul nas arquibancadas já sonhar com o troféu.
No entanto, o Celtic voltou do intervalo com outra atitude. Em apenas quatro minutos, eles mudaram tudo: aos 56 minutos, Greg Taylor se redimiu e furou a defesa rival, empatando a partida. Logo depois, aos 60 minutos, Daizen Maeda virou a partida, transformando o nervosismo em esperança nos fãs alviverdes.
Mas quem pensa que o Rangers se entregaria não conhece a tradição do Old Firm. Aos 75 minutos, Mohammed Diomande subiu mais que a defesa celta e deixou tudo igual novamente de cabeça. Quando parecia que o jogo ia para os pênaltis, Nicolas Kühn apareceu para o Celtic com um gol aos 87, deixando a torcida em êxtase. Só que no minuto seguinte, Danilo respondeu com um empate relâmpago, obrigando ambos os lados a suportar a prorrogação.
A decisão nos pênaltis e a frieza do Celtic
Apesar do ritmo frenético, nenhuma das equipes conseguiu desempatar o placar durante a prorrogação. Restava a tensão máxima das penalidades. Cada cobrança parecia um teste para cardíaco. Ridvan Yilmaz, lateral do Rangers, sentiu a pressão e viu Kasper Schmeichel defender a quinta cobrança. Bastou ao japonês Maeda mostrar tranquilidade e deslocar o goleiro adversário, selando o destino do troféu para o Celtic.
O técnico Brendan Rodgers, sorridente após a partida, fez questão de elogiar a resiliência de seus comandados. "Passamos por tudo: estivemos atrás, viramos, sofremos o empate, mas nunca baixamos a cabeça. Essa mentalidade fez a diferença hoje", afirmou o treinador, reforçando o DNA de superação do Celtic.
Se alguém achava que os clássicos escoceses estavam perdendo seu encanto, essa final serviu de prova contrária. Emoção do início ao fim, reviravoltas constantes e um final digno de roteiro hollywoodiano, com o Celtic reafirmando sua tradição vencedora diante do rival histórico.