Estudiantes tenta reverter vantagem do Flamengo na volta das quartas da Copa Libertadores

Adrielle Gaião set 26 2025 Esportes
Estudiantes tenta reverter vantagem do Flamengo na volta das quartas da Copa Libertadores

Antecedentes e situação atual

A partida de ida entre Estudiantes e Flamengo terminou com vitória por 2 a 1 para o clube brasileiro, feita no Estádio da Luz, em Rio de Janeiro. Esse resultado deu ao Fla uma vantagem de um gol e o precioso "gol fora" que pode desempatar em caso de empate no placar agregado. Para avançar, o time de La Plata precisa ganhar por ao menos dois gols ou, se vencer por 1 a 0, levar a decisão para os pênaltis.

O Estudiantes vem de uma sequência impressionante: 11 partidas sem perder, incluindo confrontos da Primera División e da própria Libertadores. O último triunfo foi por 1 a 0 sobre o Defensa y Justicia, com domínio de 59% de posse e três finalizações em alvo, sendo o gol resultante de um autogolo adversário.

O Flamengo, sob comando de Filipe Luis, tem mostrado consistência, mas também vulnerabilidade. No último compromisso da Série A, o time carioca empatou em 1 a 1 com o Vasco da Gama, sustentando 61% de posse e três chutes ao gol. Jorge Carrascal foi o autor do marcador para o Rubro‑Negro.

Análise tática, jogadores-chave e expectativas

Análise tática, jogadores-chave e expectativas

Do lado argentino, o atacante T. Palacios tem sido o destaque ofensivo, com 3 gols em 7 jogos. Seu posicionamento dentro da área e a velocidade para concluir contra a defesa brasileira são pontos de atenção para o Flamengo. No meio‑campo, S. Ascacibar complementa a equipe com 2 gols e boa capacidade de distribuição, tornando o plano de jogo mais equilibrado.

Já o Flamengo conta com Bruno Henrique, que acumulou 7 assistências em 7 partidas, sendo um dos maiores criadores de jogadas da competição. Seu repertório de passes precisos e incursões pela linha de fundo põem pressão constante na defesa rival. L. Araújo também tem se mostrado eficaz, contribuindo tanto com gols quanto com assistências nas mesmas 7 partidas.

Do ponto de vista tático, Filipe Luis costuma alternar entre um 4‑3‑3 mais ofensivo e um 4‑2‑3‑1 mais cauteloso, dependendo da necessidade de controlar o ritmo da partida. Contra um Estudiantes que costuma fechar bem os espaços atrás dos laterais, a estratégia do Flamengo pode ser explorar a velocidade dos pontas para abrir a defesa argentina.

Para o Estudiantes, a tática mais provável será manter a posse e pressionar alto, tentando criar oportunidades de contra‑ataque rápido. O técnico argentino costuma incentivar a movimentação constante dos meias, o que pode gerar brechas na cobertura do Rubro‑Negro.

Além dos aspectos táticos, o fator casa tem peso. O Estadio Jorge Luis Hirschi, com capacidade para pouco mais de 30 mil torcedores, costuma ser um caldeirão quando o público se engaja. O apoio da torcida pode ser decisivo nos momentos de pressão, principalmente nos minutos finais, quando a necessidade de marcar exatamente dois gols será crucial.

Por outro lado, o Flamengo traz experiência em situações de mata‑mata. Em edições anteriores da Copa Libertadores, a equipe já alcançou a semifinal e tem tradição de lidar com as exigências físicas e psicológicas da competição.

Os analistas apontam que a partida tem tudo para ser decidida nos detalhes: a capacidade de converter os gols de placa, a disciplina defensiva e a eficácia nas cobranças de bola parada. Um escanteio bem executado pode ser a diferença entre a classificação e a eliminação.

Em termos de escalação provável, o Estudiantes deve alinhar um 4‑4‑2, com Palacios como referência no ataque e Ascacibar no meio‑campo. O Flamengo, por sua vez, pode abrir com um 4‑3‑3, colocando Bruno Henrique como ligação entre o meio e o ataque, ao lado de L. Araújo nas pontas.

Se o Estudiantes conseguir impor seu ritmo e equilibrar a posse, pode surpreender o Flamengo e virar o placar. Porém, se o Rubro‑Negro mantiver sua superioridade técnica e utilizar a largura do campo para criar chances, a passagem de fase será mais tranquila.

Independentemente do desfecho, a partida promete ser um dos duelos mais emocionantes da temporada, refletindo a rivalidade histórica entre o futebol argentino e o brasileiro. A estreia de novos talentos, a tática de dois treinadores experientes e a pressão de uma vaga nas semi‑finals garantem um espetáculo digno da tradição da Copa Libertadores.

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