Estudiantes tenta reverter vantagem do Flamengo na volta das quartas da Copa Libertadores

Antecedentes e situação atual
A partida de ida entre Estudiantes e Flamengo terminou com vitória por 2 a 1 para o clube brasileiro, feita no Estádio da Luz, em Rio de Janeiro. Esse resultado deu ao Fla uma vantagem de um gol e o precioso "gol fora" que pode desempatar em caso de empate no placar agregado. Para avançar, o time de La Plata precisa ganhar por ao menos dois gols ou, se vencer por 1 a 0, levar a decisão para os pênaltis.
O Estudiantes vem de uma sequência impressionante: 11 partidas sem perder, incluindo confrontos da Primera División e da própria Libertadores. O último triunfo foi por 1 a 0 sobre o Defensa y Justicia, com domínio de 59% de posse e três finalizações em alvo, sendo o gol resultante de um autogolo adversário.
O Flamengo, sob comando de Filipe Luis, tem mostrado consistência, mas também vulnerabilidade. No último compromisso da Série A, o time carioca empatou em 1 a 1 com o Vasco da Gama, sustentando 61% de posse e três chutes ao gol. Jorge Carrascal foi o autor do marcador para o Rubro‑Negro.

Análise tática, jogadores-chave e expectativas
Do lado argentino, o atacante T. Palacios tem sido o destaque ofensivo, com 3 gols em 7 jogos. Seu posicionamento dentro da área e a velocidade para concluir contra a defesa brasileira são pontos de atenção para o Flamengo. No meio‑campo, S. Ascacibar complementa a equipe com 2 gols e boa capacidade de distribuição, tornando o plano de jogo mais equilibrado.
Já o Flamengo conta com Bruno Henrique, que acumulou 7 assistências em 7 partidas, sendo um dos maiores criadores de jogadas da competição. Seu repertório de passes precisos e incursões pela linha de fundo põem pressão constante na defesa rival. L. Araújo também tem se mostrado eficaz, contribuindo tanto com gols quanto com assistências nas mesmas 7 partidas.
Do ponto de vista tático, Filipe Luis costuma alternar entre um 4‑3‑3 mais ofensivo e um 4‑2‑3‑1 mais cauteloso, dependendo da necessidade de controlar o ritmo da partida. Contra um Estudiantes que costuma fechar bem os espaços atrás dos laterais, a estratégia do Flamengo pode ser explorar a velocidade dos pontas para abrir a defesa argentina.
Para o Estudiantes, a tática mais provável será manter a posse e pressionar alto, tentando criar oportunidades de contra‑ataque rápido. O técnico argentino costuma incentivar a movimentação constante dos meias, o que pode gerar brechas na cobertura do Rubro‑Negro.
Além dos aspectos táticos, o fator casa tem peso. O Estadio Jorge Luis Hirschi, com capacidade para pouco mais de 30 mil torcedores, costuma ser um caldeirão quando o público se engaja. O apoio da torcida pode ser decisivo nos momentos de pressão, principalmente nos minutos finais, quando a necessidade de marcar exatamente dois gols será crucial.
Por outro lado, o Flamengo traz experiência em situações de mata‑mata. Em edições anteriores da Copa Libertadores, a equipe já alcançou a semifinal e tem tradição de lidar com as exigências físicas e psicológicas da competição.
Os analistas apontam que a partida tem tudo para ser decidida nos detalhes: a capacidade de converter os gols de placa, a disciplina defensiva e a eficácia nas cobranças de bola parada. Um escanteio bem executado pode ser a diferença entre a classificação e a eliminação.
Em termos de escalação provável, o Estudiantes deve alinhar um 4‑4‑2, com Palacios como referência no ataque e Ascacibar no meio‑campo. O Flamengo, por sua vez, pode abrir com um 4‑3‑3, colocando Bruno Henrique como ligação entre o meio e o ataque, ao lado de L. Araújo nas pontas.
Se o Estudiantes conseguir impor seu ritmo e equilibrar a posse, pode surpreender o Flamengo e virar o placar. Porém, se o Rubro‑Negro mantiver sua superioridade técnica e utilizar a largura do campo para criar chances, a passagem de fase será mais tranquila.
Independentemente do desfecho, a partida promete ser um dos duelos mais emocionantes da temporada, refletindo a rivalidade histórica entre o futebol argentino e o brasileiro. A estreia de novos talentos, a tática de dois treinadores experientes e a pressão de uma vaga nas semi‑finals garantem um espetáculo digno da tradição da Copa Libertadores.