FIFA Club World Cup 2025 promete ser vitrine inédita para clubes fora da Europa

Mundial de Clubes 2025: mais inclusão e visibilidade fora da Europa
O futebol vai ganhar uma nova cara com o FIFA Club World Cup 2025 nos Estados Unidos. Para Gianni Infantino, presidente da entidade, não é só mais uma competição, mas um verdadeiro divisor de águas, especialmente para clubes fora do eixo europeu. Ao reunir 32 clubes em 11 cidades americanas, entre 14 de junho e 13 de julho, a promessa é de um torneio mais democrático, com jogadores de quase 90 países participando. Infantino vê o evento como o mais inclusivo do futebol de clubes até agora, dando palco para camisas que normalmente ficam à sombra de Real Madrid ou Manchester City.
Esse novo formato foi planejado para quebrar barreiras e colocar times de continentes menos celebrados no mapa global. Para clubes de África, Ásia, América do Sul e Central, é chance de ouro: visibilidade, experiência internacional e a possibilidade real de fazer história diante de uma plateia mundial. Diferente do passado, onde a disputa era praticamente entre Europa e América do Sul, agora as portas estão abertas a surpresas e narrativas inéditas dentro e fora do campo.

Clubes, política e legado: futebol como ferramenta de aproximação
Ninguém esconde que o futebol e a política se misturam nos bastidores. Infantino já marcou presença em várias ocasiões ao lado de Donald Trump, inclusive em sua posse presidencial, e mantém laços próximos, o que gera burburinho pelo clima político tenso em cidades como Los Angeles. Mesmo assim, o olhar do presidente da FIFA segue focado no potencial dos Estados Unidos – e da América do Norte como um todo – em expandir a influência global do esporte. Prova disso é o investimento de um milhão de dólares em futebol de base em cada cidade-sede. Esse dinheiro é destinado a tirar do papel projetos que envolvem crianças e ampliar o acesso ao esporte em regiões ainda pouco exploradas pelo futebol internacional.
Outro ponto interessante desse combo de novidades é que o torneio antecede a aguardada Copa do Mundo de 2026, que será jogada nos EUA, Canadá e México, com formato ampliado e 104 partidas. Infantino já chama o evento de "festa do futebol mundial" e diz que o Clube World Cup será um "aperitivo" para toda a mobilização de fãs e infraestrutura que está a caminho. O clima de tensão política e os protestos anti-Trump podem até ser uma incógnita, mas a aposta da FIFA é alta: transformar o futebol num instrumento de união global, onde qualquer torcida e qualquer criança, independentemente do país, possam se ver representados em campo ou nas arquibancadas.
Essa edição do Mundial quer ditar tendências, romper fronteiras e dar visibilidade para histórias e talentos escondidos. É uma tentativa clara de sacudir as estruturas tradicionais, apostando na força da diversidade, do intercâmbio e de narrativas muito além do clichê Europa x América do Sul. Em meio a polêmicas e estratégias, o palco está montado para que os holofotes do futebol brilhem além dos velhos protagonistas.