FIFA Club World Cup 2025 promete ser vitrine inédita para clubes fora da Europa

Catarina Mexias jun 15 2025 Esportes
FIFA Club World Cup 2025 promete ser vitrine inédita para clubes fora da Europa

Mundial de Clubes 2025: mais inclusão e visibilidade fora da Europa

O futebol vai ganhar uma nova cara com o FIFA Club World Cup 2025 nos Estados Unidos. Para Gianni Infantino, presidente da entidade, não é só mais uma competição, mas um verdadeiro divisor de águas, especialmente para clubes fora do eixo europeu. Ao reunir 32 clubes em 11 cidades americanas, entre 14 de junho e 13 de julho, a promessa é de um torneio mais democrático, com jogadores de quase 90 países participando. Infantino vê o evento como o mais inclusivo do futebol de clubes até agora, dando palco para camisas que normalmente ficam à sombra de Real Madrid ou Manchester City.

Esse novo formato foi planejado para quebrar barreiras e colocar times de continentes menos celebrados no mapa global. Para clubes de África, Ásia, América do Sul e Central, é chance de ouro: visibilidade, experiência internacional e a possibilidade real de fazer história diante de uma plateia mundial. Diferente do passado, onde a disputa era praticamente entre Europa e América do Sul, agora as portas estão abertas a surpresas e narrativas inéditas dentro e fora do campo.

Clubes, política e legado: futebol como ferramenta de aproximação

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Ninguém esconde que o futebol e a política se misturam nos bastidores. Infantino já marcou presença em várias ocasiões ao lado de Donald Trump, inclusive em sua posse presidencial, e mantém laços próximos, o que gera burburinho pelo clima político tenso em cidades como Los Angeles. Mesmo assim, o olhar do presidente da FIFA segue focado no potencial dos Estados Unidos – e da América do Norte como um todo – em expandir a influência global do esporte. Prova disso é o investimento de um milhão de dólares em futebol de base em cada cidade-sede. Esse dinheiro é destinado a tirar do papel projetos que envolvem crianças e ampliar o acesso ao esporte em regiões ainda pouco exploradas pelo futebol internacional.

Outro ponto interessante desse combo de novidades é que o torneio antecede a aguardada Copa do Mundo de 2026, que será jogada nos EUA, Canadá e México, com formato ampliado e 104 partidas. Infantino já chama o evento de "festa do futebol mundial" e diz que o Clube World Cup será um "aperitivo" para toda a mobilização de fãs e infraestrutura que está a caminho. O clima de tensão política e os protestos anti-Trump podem até ser uma incógnita, mas a aposta da FIFA é alta: transformar o futebol num instrumento de união global, onde qualquer torcida e qualquer criança, independentemente do país, possam se ver representados em campo ou nas arquibancadas.

Essa edição do Mundial quer ditar tendências, romper fronteiras e dar visibilidade para histórias e talentos escondidos. É uma tentativa clara de sacudir as estruturas tradicionais, apostando na força da diversidade, do intercâmbio e de narrativas muito além do clichê Europa x América do Sul. Em meio a polêmicas e estratégias, o palco está montado para que os holofotes do futebol brilhem além dos velhos protagonistas.

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