Corinthians tem nova proibição de contratações por atraso de R$ 780 mil a Raniele
O Sport Club Corinthians Paulista recebeu, nesta quarta‑feira (20/10/2025), a segunda proibição de contratações imposta pela FIFA por não ter quitado a parcela de R$ 780 mil devida ao Cuiabá Esporte Clube na transferência do volante Raniele. A decisão já coloca em xeque os planos de reforço do Timão para a reta final do Campeonato Brasileiro.
Como a dívida virou sanção esportiva
Segundo o Estadão, a pendência surgiu porque o Corinthians não teria pago a parcela dentro do prazo estabelecido no contrato. A cláusula previa um prazo “extra” de cinco dias úteis após a data original, mas a FIFA entendeu que o pagamento já havia ultrapassado o limite e, então, decretou a restrição.
O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, confirmou à CNN Brasil que o atraso foi o gatilho da punição e ainda manifestou frustração, dizendo que o clube não deveria estar na Série A se não honrasse seus compromissos financeiros.
Entenda a gravidade de um "transfer ban"
Quando a FIFA bloqueia o registro de novos atletas, o clube fica impossibilitado de fechar negócios até que a dívida seja liquidada ou que haja decisão contrária da entidade. Em termos práticos, o Corinthians não pode inscrever nenhum jogador nas competições nacionais ou internacionais enquanto o embargo vigorar.
Para um time que costuma apostar em contratações de temporada – especialmente quando busca recuperar posições perdidas no torneio – a restrição representa uma desvantagem competitiva enorme. O risco de perder talentos para rivais mais livres financeiramente aumenta exponencialmente.
Histórico de restrições ao Timão
Esta não é a primeira vez que o Corinthians sente o peso da inadimplência. Em julho de 2024, o clube recebeu a primeira proibição por atrasos em outra operação envolvendo um atleta da base. Na época, o clube recorreu à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e quitou um valor ainda não divulgado para tentar evitar nova sanção.
O fato de, em poucos meses, acumular duas penalidades diferentes sinaliza uma crise de caixa que vai muito além de um único contrato.
Repercussão entre torcedores e mercado
Nas redes sociais, a reação foi imediata. Torcedores do Corinthians expressem preocupação, alguns com memes que ironizam a “cobrança de R$ 780 mil” como se fosse um troco. Já analistas esportivos alertam que o clube pode perder oportunidades de contratar jogadores em boas condições de preço, já que outros times ainda podem negociar livremente.
Corinthians, que tem receita anual estimada em cerca de R$ 800 milhões, vê seu fluxo de caixa pressionado sobretudo pelos altos salários e pelas multas contratuais que já vêm se acumulando. A diretoria, liderada por André Valério, ainda não se manifestou oficialmente sobre a possibilidade de um recurso à FIFA.
O que deve acontecer a seguir
Especialistas em direito desportivo apontam que o clube tem, teoricamente, até 30 dias para regularizar a dívida e solicitar a revisão da sanção. Caso isso não ocorra, a proibição pode ser estendida até o fim da temporada, o que colocaria a equipe em sérios apuros na disputa por vagas na Copa Sul‑Americana.
Enquanto isso, o Cuiabá pretende usar o dinheiro para reforçar seu elenco e melhorar a estrutura do clube. A diretoria de Dresch já indicou que o pagamento parcial poderia ser negociado, mas sem garantias de suspensão da penalidade.
Fatos principais
- Data da sanção: 20 de outubro de 2025.
- Valor da parcela não paga: R$ 780.000.
- Jogador envolvido: volante Raniele, 23 anos.
- Entidades envolvidas: FIFA, Cuiabá Esporte Clube, Sport Club Corinthians Paulista.
- Consequência: proibição de registrar novos jogadores até a quitação ou decisão judicial.
Perguntas Frequentes
Por que a FIFA impôs a proibição ao Corinthians?
A FIFA considerou que o clube não cumpriu o prazo de pagamento da parcela de R$ 780 mil ao Cuiabá pela transferência de Raniele, violando regras de obrigações financeiras entre clubes.
Qual o impacto imediato para o elenco do Corinthians?
O Timão fica impedido de registrar qualquer novo atleta nas competições até que a dívida seja regularizada, limitando reforços de meio‑campo e atacantes antes da reta final do campeonato.
O que o presidente Cristiano Dresch disse sobre a situação?
Dresch declarou à CNN Brasil que o atraso foi a causa da punição e que clubes inadimplentes não deveriam disputar a Série A, enfatizando a necessidade de respeito aos acordos.
Existe chance de recurso ou alívio da proibição?
Sim. O Corinthians pode pagar a parcela e solicitar à FIFA a revisão da medida; normalmente há um prazo de até 30 dias para regularização antes da extensão da sanção.
Como isso afeta a classificação do Corinthians nas competições internacionais?
Se a proibição se estender até o fim da temporada, o time pode não conseguir reforçar o elenco para a Copa Sul‑Americana, reduzindo suas chances de avançar para fases decisivas.